sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O trabalho em plataformas da Petrobrás.


Inicialmente, vou contar um pouco da minha experiência no regime Offshore que tive trabalhando na empresa Q&B, prestadora de serviços de manutenção, como técnico de segurança do trabalho. Bom, a Q&B tinha como incumbência realizar a manutenção das plataformas da bacia de Paracuru, para isso contávamos com as seguintes funções, a saber: mecânicos e auxiliares, instrumentistas, guindasteiros, eletricistas, almoxarifes, técnico de segurança e engenheiros mecânicos especialistas em guindastes.
Visto o quadro de colaboradores, podemos entender como funciona o regime de embarque. Os dias de embarque são terça, quarta e quinta-feiras, saindo as 07:30 ou 08:00 em condições normais do mar. Em cada dia sobe uma equipe composta por esses profissionais e faz a rendição dos outros colegas que passaram 14 dias em suas atividades laborativas. Também, existe o embarque eventual de funcionários quando se faz necessário, que pode seguir o embarque convencional dentro dos dias supracitados ou um extraordinário que fica a critério da Petrobrás. Acima, temos uma imagem de um rebocador, Asso 27, que leva materiais e equipamentos para as plataformas.



Nessa imagem, temos o início do embarque quando os funcionários sobem na cestinha para serem transportados até a lancha.



Aqui, vemos a lancha e os marinheiros que fazem a recepção dos funcionários. Os tripulantes zelam pela segurança quando a cesta decai em cima do barco, pois o balanceio da embarcação pode ocasionar incidentes. Quando adentram o barco, cada um procura um cantinho para se deitar para evitar o enjoo de uma longa viagem em alto-mar. Alguns até dormem.


Nesta foto, temos a chegada à plataforma PCR-1, depois de 1h30min de navegação. É uma sensação incrível ver aquela grande estrutura funcionando sobre o mar. Muitos lá comentam da alusão que se faz ao filme Waterworld - O segredo das águas, quando percebem que só veem água por todos os lados. O segredo está, realmente, bem escondido debaixo das águas. Chamam-no de Ouro Negro.

Por fim, para encerramos esta primeira sessão, temos esta linda placa da BR que é uma informação valiosa para os embarcantes de primeira viagem. Lá, seremos bem recepcionados (um dos únicos setores em que podemos ver uma presença feminina, o outro é o da enfermaria), a recepcionista confecciona um crachá que é obrigatório e deve ser afixado num quadro para organização de todos os funcionários por baleeira (bote salva-vidas). Depois, o colaborador é destinado ao seu camarote onde apresta-se e dá início à jornada. Mais informações do além-mar na próxima postagem. Até mais.

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