segunda-feira, 7 de julho de 2014

O pensamento cartesiano para estudantes de Engenharia (Novatos).

Caro leitor, 

        Apresento um breve comentário sobre a obra Discurso do método de René Descartes para mostrar a importância que o autor fornece para a fundamentação de um método no objetivo de encontrar a verdade, baseado em experimentações e em resultados concretos, tangíveis.
        No prelúdio do livro, René diz que foi iniciado nas Letras e na Filosofia por causa de seus preceptores, mas também dedicou-se a aprender tudo que pudera. Logo, percebeu que se entremeava em inúmeros discursos que não o levavam a verdade, algo em que pudesse fundamentar-se. Foi a partir disso que observou na Geometria (matemática) uma certa verdade universal que era comprovada, pois encontrou vários fatos na análise da relação do homem com a natureza; ex.: os três ângulos de um triângulos são iguais a dois retos e, que na esfera, todos seus pontos são equidistantes ao centro. 
       Em resumo, Descartes determinou 4 regras iniciais do seu método, a saber:
  1. Aceitar algo como verdadeiro apenas com comprovação.
  2. Dividir cada uma das dificuldades que examinasse em tantas parcelas quantas fosse possível e necessário para melhor resolvê-las.
  3. Conduzir por ordem seus pensamentos do objeto mais simples e mais fáceis de conhecer até os mais complexos, de forma a subir pouco a pouco.
  4. Fazer em tudo enumerações tão completas e revisões tão gerais que não omitisse nada.
     Trazendo para a Engenharia a primeira regra diz: Não acredite em fábulas. Ou como uma amiga engenheira dizia: Prego batida e ponta virada, ou seja, tem que ter provas, experimentação e verificação de tudo que for feito e, por fim, o resultado.
          A segunda refere-se a divisão em partes menores que tornam o trabalho (estudo) mais efetivo e causa menos desestímulo. Ex. Como comer um elefante? É simples: pedaço por pedaço.
      A terceira e mais importante, é necessário conhecer bem a base da matemática e física, a fundamentação para só depois avançar nas cadeiras posteriores.
          A quarta, refere-se a organização...uhmm...muito importante saber enumerar/programar as atividades que devem ser feitas. Por exemplo, para estudar Cálculo criei o hábito de estudar 2 horas por dia e resolver de 25 a 80 questões em média, fato que trouxe bons resultados. Organizei meu horário de estudo e delimitei um número de questões a serem resolvidas entre fáceis, médias e difíceis.
           Baseado nessas regras, que considero importantíssimas, podemos nos apropriar do método cartesiano para aplicarmos na vida acadêmica, principalmente, porque na engenharia cada detalhe é muito importante e "engenheiro não pode errar conta", portanto, adquirir um método de estudo, de organização e de aperfeiçoamento pode gerar ótimos resultados.

Até a próxima, espero ter ajudado.

Link para o livro em PDF:

domingo, 29 de setembro de 2013

Projeto de um pisca-pisca

       Este pisca-pisca foi um pequeno ensaio com componentes elétricos, foi produzido para ser mostrado na V Feira das profissões UFC, de 25 a 27 de Setembro de 2013. Foi uma experiência legal e trabalhosa, pois soldar os componentes levou um certo tempo, mas que foi gratificante quando funcionou.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Para quem está estudando Cálculo...fique tranquilo!

Bom, tenho uma ótima notícia para você: você será aprovado!

A menos que não estude. Bom, em 2012, comecei a estudar cálculo na engenharia, aqui  no IFCE de maracanaú, pois bem, começaram as aulas, o professor muito sério, mal conversava com a turma, mas não era um caxias, uma boa pessoa, mas era muito prático e não perdia tempo. Durante o primeiro mês, vimos Limite, a tal matéria que causa uma certa ojeriza para alguns alunos, alguns até desistem. Marcada a prova, 15 dias depois, vieram as notas baixas...sensação horrível, tirei um 3,5. Fiquei feliz, pois teve amigos que tiraram zero....poderia ser pior.....Teve uma questão que eu fiz certa, mas o professor não considerou por uma detalhe que eu fiz na questão...
Depois, veio a Derivada e suas aplicações, e também tirei 3,5. Pronto, vislumbrei meu pescoço sendo guilhotinado por aquela disciplina, e em seguida, muitas sensações de fracasso, sentimentos negativos e achando-me um burro.
Tenho que fazer um adendo: Eu trabalho pela manhã e à noite, e só tinha o final de semana para estudar, então pensei: tenho que traçar um plano para poder estudar e resolver questões para tirar uma nota para eu poder pelo menos ir para AF.
Então, objetivei estudar 1 hora (pelo menos) durante 15 dias sem parar antes da 3ª prova. Tinha dia que acordar às 5 da manhã (já que não tinha muito tempo por causa del trabajo) para resolver questões.
Resultado, logrei êxito tirando 6,5, mas irremediavelmente fui para AF. Teria a missão de rever toda a matéria do SEMESTRE e tirar pelo menos um 5. Nossa turma teve 12 dias para as provas finais. Estudei bastante, revi os contéudos e fiz a minha parte, teve vezes que assisti a um documentário sobre o Isaac Newton, o inventor do cálculo, para inspirar-me e ter mais afinco no esforço. Fiz como ele, isolei-me no quarto, não perdia tempo conversando besteira, cada minuto era uma questão de limite ou derivada que poderia ser resolvida, dizia para minhas colegas....
Resultado, tirei 8,5 e fui aprovado. Foi um sufoco, uma angústia, mas valeu a pena!

A demanda por engenheiros ambientais.

       Aqui, no Ceará, já percebemos a aparição de vagas para esta nova área, a Engenharia de Meio Ambiente , incipiente, mas promissora, muito promissora. É claro que existem muitos engenheiros civis que desempenham a função do eng. ambiental, porém o mercado está exigindo o profissional  específico que tem conhecimento em análises químicas e biológicas, quesito este que os eng. civis não têm em sua formação.
          Logo, logo a Engenharia Ambiental estará consolidada

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Indicação de filme: A Última Hora ( The 11th Hour)

     Na aula de introdução à Engenharia Ambiental, assistimos ao documentário 'A Última Hora' (The 11th Hour),  produzido e narrado por Leonardo DiCaprio. Muito interessante para quem faz algum curso na área ambiental e, claro, para todas as pessoas.

"A Última Hora descreve o último momento da terra em que ainda é possível mudar. Explora o modo como a humanidade chegou até esse momento: como vivemos, o impacto que provocamos sobre o ecossistema, e o que podemos fazer para mudar este quadro. O documentário apresenta diálogos com especialistas do mundo inteiro, incluindo o antigo primeiro-ministro soviético Mikhail Gorbachev, o cientista Stephen Hawking, o homem que chefiou a CIA, R. James Woolsey, e autoridades em projetos de sustentabilidade como William McDonough e Bruce Mau, além de mais de 50 cientistas, pensadores e líderes, que apresentam fatos e discutem os principais temas com que hoje se defronta nosso planeta."

 http://www.youtube.com/watch?v=TQipDQGAaA0

http://www.aultimahora.com.br

domingo, 16 de setembro de 2012

A crescente importância da Engenharia Ambiental




Nos últimos vintes anos e cada vez com maior intensidade, existe uma justificada preocupação com o Meio ambiente. Os fatores ambientais modificados pelo homem podem causar problemas, que pela grandeza são complicados de avaliar a médio e longo prazo, prejudicando o próprio homem, a flora, a fauna, o solo, a água, o ar, o clima, a paisagem etc.
Muitas atividades industriais, como a mineração, afetam o ambiente gerando danos ao homem com a ocorrência de gases, poeiras, temperatura, ruído, desprendimento de rochas, incêndios, radiação, inundação etc.
Por isso o papel multidisciplinar da Engenharia Ambiental em salvaguardar o Meio Ambiente.
“Um dos Maiores axiomas no ambiente global é que tudo está ligado com tudo, de tal modo que as mudanças num componente podem afetar muitos outros, tanto no espaço como no tempo.”



Uma explicação química garante o entendimento dos impactos ambientais como a desertificação:
“Entre a fase sólida e a líquida do solo existe uma fase coloidal onde há troca de cátions/ânions. A fase coloidal possui geralmente carga negativa pelo que retém os cátions na lâmina de água, e esta retenção diminui a perda dos cátions (por exemplo Ca2+, Mg2+, K+, Na+), que podem trocar com outros íons por processos naturais ou artificiais (rega, fertilização, etc.). Assim, uma solução de sulfato de amônio pode produzir uma extensão de sulfato cálcico, onde o cátion dominante NH4+ muda a Ca2+, facto que influência no pH do solo. Segundo Sposito, 1989, a troca de Mg2+ por Ca2+ está representado por: CaCO3(s) + Mg2+ (ac) = MgCO2(s) + Ca2+ (ac). A salinidade determina-se pela condutividade eléctrica (solo salino > 4000 µS/cm), onde µS representa microsiemens.”

“A nível geral o impacto ambiental produzido no solo associa-se aos seguintes aspectos: a) Destruição direta de solo; b) Poluição do solo; c) Alteração morfológica; d) Perda de recursos minerais e rochas industriais; e) Modificações devido à erosão e desertificação; f) Alterações da estabilidade de taludes; g) Subsidência; h) Alteração na sedimentação; i) Alteração na dinâmica de leitos e zonas de inundação; j) Sismicidade induzida e vibrações; k) Alterações na qualidade e impacte visual.” 
Do exposto, cabe a Engenharia Ambiental projetar, gerir e solucionar os problemas advindos da alterações ambientais.


Fonte: http://www.cetem.gov.br/publicacao/livros/EngenhariaAmbientalSubterranea.pdf

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Ergonomia

    A Ergonomia é a ciência aplicada a facilitar o trabalho executado pelo homem, sendo que interpreta-se aqui a palavra "trabalho" como algo muito abrangente, em todos os ramos e áreas de atuação. O nome Ergonomia deriva-se de duas palavras gregas: ERGOS (trabalho) e NOMOS (leis, normas e regras). Logo, é uma ciência que pesquisa, estuda, desenvolve e aplica regras e normas a fim de organizar o trabalho, tornando-o compatível com as características físicas e psíquicas do ser humano.
   Para que isto seja possível, uma infinidade de outras ciências são usadas pela Ergonomia, para que o profissional que desenvolve projetos ergonômicos obtenha os conhecimentos necessários e suficientes e resolva uma série de problemas identificados num ambiente de trabalho, ou no modo como o trabalho é organizado e executado. Exemplos: FISIOLOGIA E ANATOMIA, ANTROPOMETRIA E BIOMECÂNICA, HIGIENE DO TRABALHO E TOXICOLOGIA, DOENÇAS OCUPACIONAIS; FÍSICA.

    Oficialmente, a Ergonomia nasceu em 1949, derivada da época da 2ª Guerra Mundial. Durante a guerra, centenas de aviões, tanques, submarinos e armas foram rapidamente desenvolvidas, bem como sistemas de comunicação mais avançados e radares. Ocorre que muitos destes equipamentos não estavam adaptados às características perceptivas daqueles que os operavam, provocando erros, acidentes e mortes. Como cada soldado ou piloto morto representava problemas seríssimos para as Forças Armadas, estudos e pesquisas foram iniciados por Engenheiros, Médicos e Cientistas, a fim de que projetos fossem desenvolvidos para modificar comandos ( alavancas, botões, pedais etc.) e painéis, além do campo visual das máquinas de guerra. Iniciava-se, assim, a adaptação de tais equipamentos aos soldados que tinham que utilizá-los em condições críticas, ou seja, em combate.

   Após a guerra, diversos profissionais envolvidos em tais projetos reuniram-se na Inglaterra, para trocar ideias sobre o assunto. Na mesma época, a Marinha e a Força Aérea dos Estados Unidos montam laboratórios de pesquisa de Ergonomia ( lá conhecida por Human Factors ou Fatores Humanos), com os mesmos objetivos.

   Posteriormente, com o Programa de Corrida Espacial e a Guerra Fria entre URSS e os EUA, a Ergonomia ganha impressionante avanço junto à NASA. Com o enorme desenvolvimento tecnológico divulgado por esta, a Ergonomia rapidamente se disseminou pelas indústrias de toda a América do Norte e Europa.

Assim, percebe-se uma Primeira Fase da Ergonomia, referente às dimensões de objetos, ferramentas, painéis de controle dos postos de trabalho usados por operários. O objetivo dos cientistas, nesta fase, concentrava-se mais ao redimensionamento dos postos de trabalhos, possibilitando um melhor alcance motor e visual aos trabalhadores.

Numa Segunda Fase, a Ergonomia passa a ampliar sua área de atuação, confundindo-se com outras ciências, eis que fazendo uso destas. Assim, passa o Ergonomista a projetar postos de trabalho que isolam os trabalhadores do ambiente industrial agressivo, seja por agentes físicos ( calor, frio, ruído, etc), seja pela intoxicação por agentes químicos (vapores, gases, particulado sólido, etc). O que se percebe é uma abrangência maior do Ergonomista nesta fase, adequando o ambiente e as dimensões do trabalho ao homem.

Em uma fase mais recente, à época da década de 80, a Ergonomia passa a atuar em outro ramo científico, mais relacionado com o processo cognitivo do ser humano, ou seja, estudando e elaborando sistemas de transmissão de informações mais adequadas às capacidades mentais do homem, muito comuns junto à informática e ao controle automático de processos industriais, através de Sistemas Digitais de Controle de dados.
Veja algumas imagens sobre posturas adequadas e inadequadas:

                         Postura inadequada, pois está forçando a coluna vertebral para trás. 


        Outra posição errada, nesta imagem, o trabalhador torce a coluna para deslocar o objeto.
E mais um erro, pois o mesmo dobra a coluna para levantar o objeto. Deve-se ressaltar que qualquer levantamento de peso exige que a coluna esteja ereta.

Veja a sequência, abaixo, de como levantar uma carga de modo seguro:
  
                                           Coluna ereta e pés espaçados e bem firmados

O trabalhador erge o objeto sempre com a coluna reta.
Por fim, conclui o levantamento corretamente.